O julgamento das denúncias contra outros 250 golpistas acusados de participação nos atos terroristas de 8 de janeiro, pode ser concluído nesta segunda-feira (8), pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que deve torná-los réus.
No último domingo (7), o plenário virtual do STF já indicava a formação de maioria para que os golpistas respondam ações penais, com seis votos favoráveis e apenas um contrário, André Mendonça.
Entre os favoráveis, já votaram o relator Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Carmen Lúcia, Rosa Weber, Edson Fachin e Gilmar Mendes. Desde 10 de abril deste ano, o STF trabalha com a vaga do ex-ministro Ricardo Lewandovski aberta.
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Ao todo, 1.390 pessoas foram denunciadas pela Procuradoria Geral da República. No primeiro lote, o STF tornou réus 100 acusados pelos atos golpistas. Na segunda lista, outros 200 tiveram o mesmo destino.
No dia 8 de janeiro deste ano, bolsonaristas invadiram e depredaram a Praça dos Três Poderes, destruindo os prédios do STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto, com o objetivo de tentar dar um golpe no país.
Bolsonarismo sob investigação
Ainda nesta segunda-feira, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, prestará depoimento à Polícia Federal, no Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar do DF, onde está preso, acusado de omissão durante a tentativa de golpe de 8 de janeiro.
O depoimento será prestado no âmbito do inquérito que apura a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições de 2022, quando agentes da corporação foram flagrados freando a locomoção de eleitores em regiões onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha mais eleitores que Bolsonaro.
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O Ministério da Justiça entregou à Controladoria Geral da União (CGU) em janeiro deste ano um relatório que mostra que a PRF fiscalizou 2.185 ônibus no Nordeste, onde Lula era favorito, contra 571 no Sudeste, entre 28 e 30 de outubro, vésperas e dia do segundo turno das eleições de 2022.
